Cidade em MG tem 100% de esgoto sanitário tratado
A cidade mineira de Ipatinga é uma das primeiras de seu porte na América Latina a ter 100% do esgoto sanitário tratado. Para isso, a cidade desenvolve o Programa Água Limpa, um projeto de tratamento de fundos de vale em áreas urbanas; interceptação de esgoto; pavimentação de avenidas sanitárias e educação ambiental.
O programa visa a proteger as margens dos córregos e retirar o esgoto sanitário dos leitos para tratamento, antes de devolvê-lo ao Rio Doce. Os investimentos foram superiores a R$ 128 milhões, dos quais R$ 30 milhões são para o Sistema de Tratamento de Esgoto. Os recursos são oriundos do orçamento do município, dos governos federal e estadual e da iniciativa privada (Usiminas).
Para o tratamento de esgoto, foram instalados mais de 40 quilômetros de interceptores, quatro estações de tratamento e canalizados 10 quilômetros dos córregos Taúbas, Vaga-Lume, Hortênsia e Forquilha, afluentes do ribeirão Ipanema, o principal da cidade. Também foi feita a urbanização na mesma extensão de avenidas e em margens dos cursos d'água.
Com a medida, todo o esgoto produzido em Ipatinga deixou de ser lançado no leito dos córregos e agora vai para a Estação de Tratamento de Esgoto, localizada na saída para Caratinga, e para as estações de tratamento dos bairros Horto, Imbaúbas e Bela Vista.
Depois de tratada, a água volta limpa para o ribeirão Ipanema. Como o ribeirão deságua próximo à confluência dos rios Piracicaba e Doce, a abrangência ecológica do projeto ganha maior amplitude. A principal estação de tratamento tem capacidade para processar 500 litros de esgoto por segundo.
A prefeitura está realizando um trabalho de mobilização e conscientização, com atividades para atrair a atenção da população e convocá-la a preservar as obras do programa de Tratamento de Fundos de Vale.
A Prefeitura firmou convênio com o Centro Universitário Unileste para realizar um levantamento das nascentes do município. Outro convênio, envolvendo o Unileste, a Companhia de Águas e Saneamento (Copasa) e o Instituto Mineiro de Gestão das Águas, garante o monitoramento da água dos córregos e ribeirões que cortam a cidade.
Fonte: Agência Brasil
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